segunda-feira, 12 de julho de 2010

A aluna Valéria Cristina escreve importante artigo a respeito do ato de escrever e a necessidade de se conquistar este hábito


O ato de escrever

Valéria Cristina de Lima Ferreira
valeriaclf@ibest.com.br
Bacharel em Direito
Pós Graduanda no Curso Especialização em Direitos Humanos

Meu primeiro “insight”, na tentativa de produzir artigos para este blog, começa pela análise do próprio ato de escrever. O dom da palavra é um grande trunfo para o bom profissional. Saber falar bem é uma grande vantagem, mas, escrever com fluência é também fundamental no exercício de certas profissões. E o esforço diário na consecução deste objetivo e no desenvolvimento da técnica, é o elemento essencial para o êxito.
Qualquer pessoa é capaz de desenvolver um texto criativo, coeso, objetivo e interessante, vez que todos nós trazemos conosco uma bagagem lingüística proveniente do ambiente familiar de onde viemos. Contudo, no decorrer da vida, a pessoa é influenciada pela escola e meio social e, com isso, quando escreve, traz no bojo do seu texto, a bagagem que carrega de cultura, crenças e ideais, ainda que de forma inconsciente.
Nos dias de hoje e diante da realidade da globalização, a pessoa é obrigada a estar bem informada à respeito de diversos assuntos, ou seja, ela deve ter um certo “conhecimento do mundo” e, muitas vezes, precisa formar um ponto de vista sobre determinados fatos. Como exemplo, nós mesmos, pós-graduandos, no dever de nos atentarmos às situações de violação de direitos humanos, para o fim de divulgá-las ou opinar no sentido de buscar a solução para tais, não obstante essas situações sejam incontáveis e ocorram todos os dias ao nosso redor, em nosso bairro, cidade, estado, país, no mundo...
Quando se lê o que alguém escreveu, tem-se tempo o bastante para fazer uma análise crítica do texto muito mais do que teria alguém se estivesse apenas ouvindo aquele que transmite suas idéias falando. O leitor faz uma análise crítica de tudo, tem tempo para isso. Por isso, há que se ter muito cuidado no que será transmitido e toda atenção com os detalhes. Não dá pra escrever levianamente.
É preciso selecionar as informações, raciocinar e colocar as ideias no papel. Para que seja produzido algo que valha mesmo a pena ler, aquele que escreve tem que estar em constante aprendizado, sintonizado com o mundo ao seu redor e com condições de reproduzir esse mundo através das letras, além do que, faz-se necessária certa dose de experiência e cultura.
No dia-a-dia, as notícias jornalísticas, o cinema, a televisão, os livros, enfim, são recursos dos quais o profissional pode se valer para aprimorar o ato de escrever cientificamente, de forma que, embora ocorra de forma gradativa, seu aperfeiçoamento é uma constante, desenvolvendo-se dia após dia, em meio a tantas outras tarefas a cumprir.
Enfim, a questão está em conseguir transferir as ideias guardadas na mente para o papel, fato que, embora pareça tarefa fácil, não o é, porém, impossível também não se faz. Basta treinar muito e se agarrar à certeza do velho ditado popular: “é o hábito que faz o monge”.

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